quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Uma "facilidade", vários riscos

Você já deve ter ouvido falar sobre as cirurgias de "redução de estômago", as cirurgias bariátricas e metabólicas. Se você luta contra a obesidade, talvez já tenha até mesmo pensado na possibilidade de submeter-se a este tipo de procedimento. Pode ser, até mesmo, que você seja uma pessoa que já fez isso e agora está passando por um processo de emagrecimento rápido e pensando nas cirurgias plásticas que fará.
Beleza.

Saiba que as técnicas envolvidas neste tipo de procedimento evoluíram muito nos últimos anos. A precisão e a segurança aumentaram muito e, quando INDICADA CORRETAMENTE, esse tipo de cirurgia pode trazer, de fato, inúmeros benefícios.

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reduziu o Índice de Massa Corpórea (IMC) necessário para um paciente ser elegível para uma bariátrica. Isso amplia enormemente o grupo de pessoas que podem se beneficiar deste tipo de procedimento,,, ou não.

É importante salientar que não se trata de um procedimento cirúrgico simples e corriqueiro e que nenhuma cirurgia, absolutamente, é isenta de risco. Apenas por isso qualquer pessoa que pense em submeter-se deve pensar muito antes, participando de consultas, reuniões e debatendo o tema até sentir-se segura para tanto. Infelizmente, a ansiedade faz com que muitas pessoas se rendam a profissionais com menos escrúpulos e realizem as cirurgias muito rápida e irresponsavelmente, sem a devida conscientização e preparação. Aí já temos mais um risco.

Além do próprio risco operatório, precisamos considerar outra coisa. A digestão do paciente que se submeteu ao procedimento não é mais a mesma. Por algumas técnicas, o comportamento do estômago fica comprometido e, por outras, a capacidade absortiva do intestino fica limitada. Em qualquer uma das duas hipóteses, é necessário o cuidado constante de um nutricionista capacitado para definir um plano alimentar responsável e eficiente e um suplementação nutricional, que é fundamental e TEM QUE SER PERSONALIZADA. A falta deste cuidado pode gerar inúmeros problemas, relacionados à má digestão e absorção, variando da disbiose intestinal a problemas como enxaquecas e depressão.

Não quero que você pense, de maneira alguma, que estou me posicionando contra a realização das cirurgias. Apenas peço que avalie com carinho e cuidado a hipótese de se submeter a ela e alerte seus entes queridos para que pensem direito e procurem equipes profissionais altamente qualificadas, se pensam em passar por isso. Todo procedimento médico, CORRETAMENTE INDICADO, tende a ser benéfico.

O que eu realmente gostaria de ver é as pessoas só partindo para esta "solução" quando todas as outras tivessem falhado de fato, apresentando uma obesidade realmente importante e com verdadeira presença de comorbidades (outras doenças associadas).

Não vamos esquecer que, na verdade, engordamos por problemas em nossas MENTES e, pra isso, não tem cirurgia. A única solução é conscientização, buscar auxílio profissional e aplicar muito esforço. Mesmo quem faz a cirurgia precisa de tudo isso pra não voltar a engordar.

Pense nisso.

Laranja madura na beira da estrada...

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