Calma turma!
Não é realmente uma novidade... pelo menos não no mundo todo.
A chia, ou Salvia hispanica, é uma planta natural da América Central e existem indícios de seu uso alimentar desde 3500 a.C. O nome chia deriva do termo em Nahuatl chian, que significa oleosa. Era utilizada, inclusive, como moeda entre os Astecas.
Sua redescoberta como um superalimento ocorreu entre 1991 e 1995, quando esforços de uma organização filantrópica norte-americana, junto a uma empresa agrícola argentina concretizaram um projeto de plantio através de inúmeros produtores rurais, com doação das sementes.
Sua composição nutricional, para uma porção de 28g, oferece 4g de proteína, 9g de gordura (57% ácido alfa-linolênico, um omega-3 vegetal) e 11g de fibras, além de magnésio, cálcio e fósforo comparáveis à quantidade presente na linhaça. Ou seja, o troço É, realmente, nutritivo.
Além do potencial nutricional, a semente tem uma propriedade interessante: quando entra em contato com a água, vai se formando uma gel de lenta digestão (absorve até 12 vezes o seu próprio peso em água), fazendo com que quem a tiver ingerido sinta-se saciado por muito mais tempo que o normal. Esta função pode ser útil em tratamentos contra a obesidade, por diminuir a ingestão de alimentos e facilitar a realização de dietas de redução calórica. Deve te ajudar, inclusive, a não ficar comendo um monte de porcarias fora de hora.
Sua riqueza em fibras ajuda o intestino a funcionar melhor, carregando também muito "lixo" na sua passagem pelo intestino, o que favorece a saúde deste órgão. Para as pessoas com prisão de ventre, esta pode ser a sua maior utilidade. Também não contém glúten e, segundo as referências que consegui checar, é quase sem sabor, o que favorece sua adição aos pratos sem grandes alterações de sabor.
OK.
Beleza.
Então vamos nos encher de chia e "secar"?
Pode ir parando. A coisa não é, necessariamente, assim. Em mais de 15 anos dedicado ao mercado de suplementos alimentares e alimentos funcionais, eu já vi diversas fibras com potencial de geral esse tipo de gel no trato gastrintestinal. Muitas delas funcionam e são usadas até hoje e nem por isso se tornaram unanimidades nos tratamentos contra obesidade. A chia pode ser útil para esta finalidade, eu acredito, mas seu uso DEVE SER ORIENTADO POR PROFISSIONAL NUTRICIONISTA se você quiser alcançar qualquer objetivo específico. Se quiser utilizá-la apenas como mais um alimento, há diversas receitas disponíveis na internet para você, mas não espere nada necessariamente diferente de qualquer outra semente.
Acredito que vale a pena utilizá-la pelo seu grande potencial nutricional, sendo aliada interessante na composição de uma alimentação saudável. É sempre bom lembrar que, quase invariavelmente, os costumes da antiguidade têm muita razão de ser, o que nos leva à obrigação, inclusive moral, de investigá-los.
Converse com seu(ua) nutricionista e veja qual a melhor forma de aproveitar este alimento.
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Esforce-se.
HAHAHA! É o horário que dá, Cris. Beijo grande!
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