segunda-feira, 14 de abril de 2014

Antropometria: avaliação da composição corporal

Este texto é uma contribuição do nosso parceiro de trabalho na Sallus - Saúde Integrada, o Nutricionista
Junior Brito.

A composição corporal do ser humano pode ser avaliada através da antropometria, considerada uma ciência desde Da Vinci, que criou o modelo humano, até os dias atuais, considerando a NASA como pioneira realizando análises nos seus astronautas.

Existem métodos diferentes para analisar a composição corporal: métodos diretos (dissecação) e indiretos (exames excreção de creatina, físico-químicos, absorção de gases, etc...) e duplamente indiretos (IMC, BIA, dobras cutâneas, cintura quadril, circunferência abdominal).

A somatometria é o principal método utilizado na prática clinica. Esta visa avaliar a composição corporal por meio de dobras e circunferências. Isto é muito importante, porém depende da habilidade do avaliador. BIA (bioimpedância eletromagnética) é um exame muito eficaz, porém deve se considerar o preparo para o mesmo, que interfere diretamente nos resultados, podendo comprometê-los. Estas metodologias avaliam a evolução do paciente, realizados na consulta e no retorno, sendo ferramentas indispensáveis no dia-a-dia do consultório.

Os métodos para análise de composição corporal são frequentemente confrontados com o objetivo de determinar qual seria o melhor para a aplicação corriqueira em consultório. Há muitas controvérsias neste sentido. A margem de erro observada por mim, em consultório, comparando BIA e somatometria foi de, aproximadamente, 5%, favorecendo a somatometria.

O IAC (Índice de Apidosidade Corporal), índice de conicidade e a RCQ (Relação Cintura Quadril) também são ferramentas indicadoras de obesidade e de risco cardiovascular. A mensuração desses dados também sinaliza a evolução do paciente. O IMC (Índice de Massa Corporal) apresenta-se como um dado limitado, podendo variar muito dependendo do biotipo de cada indivíduo.

Refletindo sobre este tema só podemos concluir que os métodos de avaliação da composição corporal estão em constante avanço mas ainda não foi encontrado um padrão de análise clínica perfeito. Precisamos de muitas pesquisas e debates sobre o tema para chegar a um denominador comum ou, pelo menos, perto disso. Uma coisa é certa: acompanhamento simples do peso não tem utilidade prática. Dê uma lida em Meu Peso Ideal É X Quilos... Taxativamente.


Avaliar a composição corporal do paciente é parte fundamental da consulta com o nutricionista.

sábado, 5 de abril de 2014

Sabia que criança também "malha"?

Este texto é do meu amigo e parceiro da Sallus Saúde Integrada, integrante do nosso corpo clínico e de pesquisa, Ed Fis Jair Silvany. Ele também é um dos responsáveis pelo Sallus FitnessClub. Para maiores informações, vão em www.clinicasallus.com.br.

Se você pretende cuidar da saúde de seus netos, comece por seus filhos.

Foi feita uma pesquisa onde verificaram que filhos de mães fisicamente ativas eram 2,5 vezes mais ativos que filhos de mães não ativas e filhos de pais ativos fisicamente eram 6,8 vezes mais ativos que os filhos de pais não ativos. Que a prática de atividades físicas, cada vez mais cedo, trás benefícios evitando obesidade, hipertensão e diabetes, já não é nenhuma novidade, entretanto, essas doenças tidas para adultos estão acontecendo cada vez mais cedo. Atualmente, o sobrepeso atinge mais de 30% das crianças abaixo dos 14 anos.

O que pretendo abordar aqui são orientações que podem ajudar os pais a tornarem a atividade física algo rotineiro e prazeroso e que se torne hábito na vida de seus filhos e não uma obrigação ou algo que vá competir com o tempo em que eles ficam no computador ou vídeo-game.

Do nascimento até o início da adolescência, as crianças passam por estágios de desenvolvimento e é importante conhecermos esses estágios para tornar, como eu disse, a atividade física algo prazeroso.

De 0 aos 2 anos de idade, a criança deve ser estimulada a movimentar-se, engatinhar, colocar brinquedos distantes para ir buscar, evitar deixar a criança em cercados e NÃO USAR ANDADORES.

Dos 3 aos 5 anos, deve-se estimular os movimentos naturais: correr, pular, chutar, agarrar, empurrar ou dançar. A capoeira e a natação são excelentes atividades para essa faixa etária. Os esportes coletivos, na minha opinião, seriam muito pouco eficientes, já que, nessa idade a criança esta no estágio chamado por Piaget de pré-operatório, onde se destaca a egocentricidade.

Dos 5 aos 8, deve-se estimular o desafio, ultrapassar obstáculos, relacionar os movimentos naturais com desafios. Nessa fase também deve-se estimular as atividades em grupo. Os esportes coletivos podem ser inseridos nessa fase.

Dos 8 aos 12, hora de fazer o seu Neymar! Nessa fase, a criança já consegue executar gestos motores coordenados. Aquele pai que quer que o filho se torne um jogador de futebol, encontra aqui o momento ideal para ensinar os fundamentos, lembrando só que sem exageros. Nessa idade deve ser apresentada à criança a maior variedade de modalidades esportivas como natação, futebol, basquete, artes marciais, ginastica rítmica entre outras.

Pais. Vocês são peças fundamentais no estímulo da criança. Como observei no início, desenvolver o hábito da atividade física começa por vocês e a sua presença, em todas essas fases, é fundamental.

Vamos lembrar que "só se educa pelo exemplo".

Ed Fis Jair Silvany
jjsilvany@hotmail.com