sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Em busca de resultados

Esta época do ano é bem engraçada. Falo do período que se extende de meados de dezembro até

quando termina o Carnaval. Um monte de gente interrompe seus tratamentos e deixa pra recomeçar depois.

Eu já acho isso normal, no sentido da frequência. É uma coisa que acontece muito e já não impressiona mais. É uma questão de escolhas e percepções individuais de prioridades. Nada mais natural do que as pessoas escolherem o que preferem fazer; ao que preferem se dedicar mais a cada tempo. Tudo certo.

O problema é quando vem aquele discurso:

- Pôxa... mas eu perdi tudo que tinha conquistado... engordei tudo de novo... OU perdi toda a massa muscular que eu tinha ganho...

Pois é. Primeiro que muito dificilmente alguém vai conseguir, neste espaço de 2 a 3 meses, estragar TODO o trabalho que tenha realizado SERIAMENTE ao longo do ano. Simplesmente não dá tempo... em geral. A não ser que haja um nível de descontrole tão absurdo que a pessoa consiga realizar esta proeza. Se acontece assim, fica claro que ela não tinha absorvido plenamente as mudanças de hábitos necessárias para alcançar seus objetivos. Estava apenas se tolhendo, suprimindo seus desejos de transgredir e não compreendendo, visceralmente, o que fazia.

Para estas pessoas eu digo o seguinte: se aprofundem mais em seus processos de tratamento e participem de forma mais ativa. Tentem compreender, na medida do possível, o que está sendo feito. Conversem com os profissionais que cuidam de vocês. Tirem suas dúvidas. Busquem mais informações. Quanto mais vocês estiverem imersos em seus processos de tratamento, mais comprometidos com eles vocês estarão.

Pensando, agora, naqueles que simplesmente sentiram que precisavam dar uma relaxada, diminuir a tensão, não ficar tão "neuróticos", isso e compreensível. Sua vida não é exclusivamente seu tratamento. Dá pra compreender sua necessidade de aliviar a tensão e, até mesmo, de transgredir um pouquinho neste período. Neste caso, só peço uma coisa: não espere que esteja tudo andando igual a antes e pronto. É lógico que vai haver algum grau de estagnação ou, até mesmo, regressão. Isso é normal. Os resultados são, sempre, proporcionais aos esforços. Isso é fato. O importante é não se desesperar. Entenda que você fez uma escolha e esta é uma de suas consequências. Houveram muitas outras consequências boas, não foi? Você se divertiu, confraternizou com amigos e família, está cheio(a) de boas estórias pra contar, né? Então relaxe. Pense que terá que voltar um pouquinho no tratamento, dar uma apertada maior nas regras e continuar caminhando. Vamos ver se, da próxima vez, não podemos fazer diferente? Tranquilo.

Agora é a vez dos duros. Aqueles que não falharam nada. Aqueles que não arredaram o pé do lugar! PARABÉNS! Vocês conseguem manter um foco fantástico e alcançarão resultados igualmente fantásticos mas... valeu a pena? Se sim, ótimo! Se não, talvez pudéssemos levar as coisas com um pouquinho mais de leveza, não? Pense nisso. Se seu rigor é tranquilo, sem traumas, como um passeio, tudo bem. Se este mesmo rigor é algo opressivo, que te deprime e faz sentir como em uma prisão, será que não seria melhor estar no grupo anterior? Reflita.

O que quero dizer é que há várias condutas possíveis e todas elas são tremendamente circunstanciais. Isso não desabona ninguém. O que devemos fazer com estas percepções de nós mesmos é nos esforçar para evoluir e alcançar a conduta que acreditemos ser melhor para nós mesmos. Isso é muito particular.

É claro que todo mundo quer ótimos resultados (veja estas "regras" e estas considerações), mas é importante analisar as coisas bem direitinho pra perceber o quanto você está disposto(a) a dar em troca. Se não for assim, o risco de colocar tudo a perder, na primeira oportunidade, será sempre grande.

Avalie suas metas, suas capacidades e busque realizar as coisas de acordo com o que é possível, com um grau de esforço coerente, e vai chegar aonde quer.

Conte sempre com a orientação profissional. Ela será fundamental para o seu sucesso.

Pondere e prospere! (Leia também!)

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